Lugar de mulher é onde ela quiser trabalhar!

Fintech predominantemente masculina se esforça para ser mais feminina e atrair mais mulheres.

A paySmart, que atua para conectar empresas ao ecossistema de pagamentos e permite que qualquer empresa se torne um banco digital, realizou uma sondagem junto ao seu time para conhecer a opinião das mulheres da equipe sobre as suas políticas de inclusão e o ambiente de trabalho, formado majoritariamente por homens. Conduzida ao longo nos dois primeiros meses de 2021, de forma espontânea e com respostas abertas, a sondagem revelou indicadores muito positivos, com respostas que dão esperança no futuro, mesmo em um setor de predominância masculina e onde há inúmeros desafios para ampliar a presença feminina.

Para Isabel Lima, que trabalha na equipe de Pesquisa e Desenvolvimento, esse cenário “não precisava ser assim”. Em um país no qual as mulheres são maioria da população (51,8%, segundo dados de 2019 do IBGE) e estão cada vez mais inseridas no mercado de trabalho, Isabel lembra que, em carreiras tecnológicas e científicas, ainda existe uma grande lacuna. Seu grande sonho, afirma, é que mais mulheres trabalhem com tecnologia e que enxerguem a área como um lugar delas. “Dependendo da empresa, esse pode ser um espaço bem difícil para as mulheres ocuparem, mas me sinto realmente pertencendo à paySmart, sinto que minhas opiniões são ouvidas e têm valor”, afirma Isabel.

Contudo, essa não é a regra no Brasil. Há discriminação, piadas, preconceito e um aparente desinteresse por áreas científicas e tecnológicas. “Muitas mulheres não chegam nem a ver a tecnologia como algo possível. Por isso, mostrar que a área existe, e que várias mulheres trabalham nela, é algo importante”, diz Isabel, que participa de eventos de tecnologia voltados a mulheres e conta que faz isso “tanto para conseguir apoio quanto para mostrar que mulheres desenvolvedoras existem, e que é algo possível de alcançar”.

Há uma lacuna enorme entre a quantidade de mulheres no mundo e o número daquelas que atuam em Tecnologia. O estudo Women in Tech, publicado anualmente pelo portal americano HackerRank.com, mostra que pouco mais de 10% das pessoas que realizaram provas de desenvolvimento de software na plataforma HackerRank são mulheres. do sexo feminino. Ou estudo, da Microsoft, de 2019, apontou que, no Brasil, em média, cursos de Ciência da Computação tinham somente 18% de mulheres graduadas, e que apenas 25% das pessoas em áreas técnicas de Tecnologia da Informação eram mulheres.

Carolina Murlik, que trabalha na área de Pessoas e Cultura, “muitas vezes se esquece de que a maioria dos colegas são homens”, por causa do clima organizacional, e destaca que o segredo está na forma com as pessoas são tratadas internamente, “com respeito e confiança”. Para ela, diversidade deveria ir muito além de conceitos como raça, sexo e idade. “Ser uma empresa diversa é ter pessoas que pensam de forma diferente, e agem diferente”, afirma ao destacar que isso requer trabalho. “São pequenos cuidados que vão desde ter uma palavra nova e neutra em relação a gênero – paySmarter –, ao invés de chamar todas e todos de ‘colaboradores’, ou ter banheiros desprovidos de gênero, até ter políticas claras e amplamente divulgadas contra assédio sexual e moral”, destaca Carolina.

Para Mariane Basgal, que vem do mercado financeiro e está em sua primeira experiência em tecnologia, este “é um desafio, mas é empolgante”. E dá um conselho para as demais mulheres: “Vão atrás dos seus objetivos! Há muitas empresas que abrem as portas para mulheres de talento”.

Daniela Santafé, da equipe de Marketing, é otimista em relação ao progresso obtido até aqui, uma vez que tecnologia já não é mais um mercado 100% masculino. “Eu me sinto parte do processo. O mercado está mudando e eu ajudo nessa transformação todos os dias! Sinto muito orgulho de mim e de tudo o que tenho conseguido realizar profissionalmente nos últimos anos trabalhando na paySmart”, afirma.

Para Daniela Vitorino, da área financeira, “é gratificante ver mais mulheres ingressando no mercado de tecnologia e podendo mostrar sua capacidade”. Para ela, toda mulher pode ser e fazer o que quiser”.

Thayane Nunes, do Financeiro, destaca que há uma diferença entre lugares onde as pessoas não se importam com gênero e lugares onde as pessoas se importam. “Já trabalhei em empresas de maioria masculina, onde precisava de jogo de cintura o tempo todo. Mas, na paySmart, nunca senti diferença por ser mulher.”

Na análise de Natália Machado, da equipe de Implantação e Sustentação, por mais que haja predominância masculina numérica, na empresa não há discriminação de gênero: “somos todos parte do mesmo time”. Natália conta que, no passado, já teve receio e dúvidas se esse mercado era o que ela realmente gostaria de atuar, “mas a paixão por tecnologia foi maior”.

Para Camila Bado, da área de Comunicação, “ainda que, para muitos, a tecnologia tenha uma ‘cara’ masculina, as mulheres estão cada vez mais mostrando que podem e devem ocupar este espaço”. “Fazer parte de uma empresa como a paySmart, que valoriza as pessoas pelo potencial e as trata de forma igualitária, traz esperanças de que, no futuro, mais empresas reconheçam pessoas por sua capacidade profissional — e não pelo seu gênero”.

Carolina Brito, doutora em Física e que também estuda questões de gênero, recentemente deu uma palestra sobre a importância da Diversidade de Gênero na paySmart, avalia que “algo aconteceu nos últimos anos que fez com que menos mulheres passassem a se interessar por carreiras nas áreas de ciência e tecnologia, uma realidade que precisas ser mudada. Pesquisadora do Instituto de Física na UFRGS, Carolina Brito e lançará na próxima segunda-feira (08/03),o podfiction “A Saga de Carlota “, estrelado por Mel Lisboa, que conta a vida de uma mulher na Ciência.

A preocupação com gênero – e diversidade de maneira geral – não é só para ganhar curtidas em redes sociais. “Para quem não consegue ter nem empatia nem imaginação, a gente pode oferecer o argumento econômico”, explica o CEO Daniel Oliveira. “Um mundo que tem pelo menos metade de mulheres não pode ser desenhado por e para homens. A gente precisa de mais mulheres na tecnologia. Se queremos fazer produtos com alcance global, precisamos de mais diversidade e mais mulheres. Muitas.”

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